segunda-feira, 31 de março de 2025

3ª Séries - Texto/Atividades sobre Aquecimento Global e Saúde Humana para Recomposição das Aprendizagens SAEB

Necessário o uso pedagógico do celular para realizar essa aula/atividade em sala, sob a responsabilidade do professor.

Mudanças Climáticas e Saúde: Os impactos do aquecimento global na população 

Homem em pé em frente a água

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      As mudanças climáticas representam uma das maiores ameaças à saúde humana no século XXI. Com o aumento da temperatura global, diversos setores da sociedade são afetados, sendo a saúde pública um dos mais críticos.

     O aquecimento global não apenas altera os ecossistemas, mas também cria condições propícias para o surgimento e a propagação de doenças, além de agravar problemas de saúde já existentes.

   Neste artigo, Marielly Herrera, enfermeira especializada em controle de infecções hospitalares da Oleak, aborda quais são as principais doenças que podem impactar a saúde humana em virtude das questões climáticas. Boa leitura!

Como reduzir a emissão de carbono?

    Antes de abordarmos os impactos das mudanças climáticas na saúde, é importante destacar como cada indivíduo pode contribuir para a redução da emissão de carbono e mitigar esses efeitos negativos. Pequenas mudanças no dia a dia, como reduzir o consumo de carne vermelha e produtos ultraprocessados, ajudam a diminuir a poluição ambiental. Outras ações incluem optar por transportes sustentáveis, economizar energia e reduzir o desperdício de recursos naturais. A conscientização e a adoção dessas práticas são essenciais para enfrentar os desafios climáticos.

Quadro: Ações para Reduzir a Emissão de Carbono


Ação

Benefício

Reduzir o consumo de carne vermelha

Menor emissão de gases de efeito estufa

Preferir alimentos locais e sazonais

Redução do impacto ambiental do transporte

Optar por transporte público, bicicleta ou caminhada

Menos poluição do ar e emissões de CO₂

Economizar energia elétrica

Menor demanda por combustíveis fósseis

Reduzir o consumo de plástico e embalagens descartáveis

Menos resíduos e menor impacto ambiental

Reaproveitar e reciclar materiais

Economia de recursos naturais

Apoiar políticas sustentáveis e empresas responsáveis

Estímulo à adoção de práticas ecológicas

Impactos diretos e indiretos na saúde

       Na figura abaixo relacionamos os fatores de vulnerabilidade, problemas relacionados ao clima, exposição e o resultado para a saúde e para o sistema de saúde.

Linha do tempo

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 Fonte: Who

Figura: Uma visão geral dos riscos à saúde sensíveis ao clima, suas vias de exposição e fatores de vulnerabilidade. As mudanças climáticas afetam a saúde direta e indiretamente e são fortemente mediadas por determinantes ambientais, sociais e de saúde pública.

     Os efeitos das mudanças climáticas na saúde são multifacetados. Eles podem ser diretos, como os causados por eventos climáticos extremos, ou indiretos, resultantes da alteração na qualidade do ar, da água e dos alimentos.

     A elevação da temperatura global pode levar a uma maior incidência de ondas de calor, associadas a doenças cardiovasculares e respiratórias, além de aumentar o risco de desidratação e insolação.

   De acordo com o Relatório Especial COP26 sobre Mudanças Climáticas e Saúde da agência de saúde da ONU – Organização das Nações Unidas, ações transformadoras em setores como energia, transporte, natureza, sistemas alimentares e financiamento são necessárias para proteger a saúde das pessoas.

     Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor Geral da Organização Mundial da Saúde – OMS, “A pandemia da COVID-19 nos revelou as ligações íntimas e delicadas entre humanos, animais e nosso meio ambiente”. Ainda segundo o diretor “As mesmas escolhas insustentáveis que estão matando nosso planeta estão matando pessoas”.

Impactos em Números

 

A mudança climática influencia os determinantes sociais e ambientais da saúde, como ar limpo, água potável, comida suficiente e moradia segura.
– Entre 2030 e 2050, espera-se que a mudança climática cause 250.000 mortes adicionais por ano devido a desnutrição, malária, diarreia e estresse por calor.
– O custo dos danos diretos à saúde pode variar entre 2 e 4 bilhões de dólares até 2030.
– Áreas com infraestruturas sanitárias pobres, principalmente em países em desenvolvimento, serão as menos capazes de se preparar e responder a essas mudanças sem ajuda externa.
– Reduzir as emissões de gases de efeito estufa pode resultar em melhorias na saúde, especialmente através da redução da poluição atmosférica.

Doenças relacionadas ao clima

        Altas temperaturas aumentam os níveis de ozônio e outros poluentes do ar, agravando doenças cardiovasculares e respiratórias. O aumento dos níveis de pólen e outros alérgenos em condições de calor extremo pode exacerbar a asma que afeta cerca de 300 milhões de pessoas e as alergias.

        aumento das chuvas e enchentes também contribui para a disseminação de doenças de veiculação hídrica, como leptospirose e cólera. Inundações também podem contaminar fontes de água potável, levando a surtos de doenças infecciosas. A variabilidade das chuvas afeta o fornecimento de água doce, aumentando o risco de doenças diarreicas, que causam cerca de 760.000 mortes de crianças menores de cinco anos anualmente.

    As mudanças climáticas também podem prolongar as estações de transmissão de doenças transmitidas por vetores e alterar sua distribuição geográfica. Secas e inundações, que estão se tornando mais frequentes e intensas, poluem fontes de água e criam condições propícias para doenças transmitidas por insetos, como malária, denguezika e chikungunya e febre amarelaalém da Doença de Lyme, transmitida por carrapatos.

    As mudanças climáticas afetam a produção agrícola, podendo levar à escassez de alimentos e ao aumento de preços, resultando em desnutrição, que já causa 3,1 milhões de mortes por ano, e maior vulnerabilidade a doenças. A segurança alimentar também é comprometida pelo aumento de toxinas e patógenos em alimentos.

Estresse térmico e outros impactos

        Segundo Sandra Hacon, pesquisadora da Fiocruz, o estresse térmico é um dos impactos mais significativos da emergência climática na saúde. O aumento das temperaturas pode levar a condições como exaustão por calor e insolação, que são particularmente perigosas para idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas. Além disso, o estresse térmico pode agravar condições cardiovasculares e respiratórias, aumentando a mortalidade durante ondas de calor.

    A pesquisadora também destaca que a emergência climática pode exacerbar desigualdades sociais e de saúde. Populações marginalizadas, que já enfrentam desafios de acesso a serviços de saúde, são as mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas. Isso inclui comunidades rurais, indígenas e habitantes de periferias urbanas, que muitas vezes têm menos recursos para se adaptar às mudanças ambientais.

Populações em Risco

       Todas as populações serão afetadas, mas algumas são mais vulneráveis, como habitantes de pequenos estados insulares, regiões costeiras, megalópoles e áreas montanhosas e polares. Crianças em países pobres, idosos e pessoas com doenças pré-existentes são particularmente vulneráveis.

Mudanças Climáticas e as IRAS, existe correlação?

       Marielly salienta que embora a relação entre mudanças climáticas e IRAS não seja direta, os impactos climáticos podem criar condições que aumentam o risco de infecções relacionadas à assistência à saúde. Isso inclui a superlotação de hospitais, a pressão sobre a infraestrutura de saúde, o aumento de doenças infecciosas e o desenvolvimento de resistência antimicrobiana.

Aumento de Microrganismos Perigosos

      Durante um recente debate sobre o tema, especialistas destacaram que a elevação das temperaturas globais têm impulsionado o crescimento e a disseminação de microrganismos potencialmente letais, como o Candida auris. Esse fungo emergente é resistente a múltiplos antifúngicos e tem sido associado a surtos hospitalares, especialmente em ambientes de cuidados intensivos. As temperaturas mais altas favorecem sua proliferação, tornando-o um desafio crescente para os sistemas de saúde ao redor do mundo.

     Além do C. auris, o aquecimento global está criando condições ideais para a proliferação de outros patógenos preocupantes, como bactérias resistentes a antibióticos e vírus emergentes. 

“Temos uma tremenda proteção contra fungos ambientais por causa da nossa temperatura. No entanto, se o mundo está ficando mais quente e os fungos também começam a se adaptar a temperaturas mais altas. Alguns vão atingir o que chamo de barreira de temperatura”, disse Arturo Casadevall, microbiologista, imunologista e professor da Universidade Johns Hopkins, à Associated Press.

    Portanto, é essencial que os sistemas de saúde se preparem para esses desafios, fortalecendo práticas de controle de infecções e investindo em infraestrutura resiliente para mitigar os riscos associados às mudanças climáticas.

    A especialista reforça ainda que as mudanças climáticas representam um desafio significativo para a saúde global. É essencial que políticas públicas e ações individuais sejam tomadas para mitigar esses efeitos e proteger a população.

        A conscientização e a educação sobre os riscos associados às mudanças climáticas são fundamentais para promover uma resposta eficaz e sustentável. A saúde do planeta e a saúde humana estão intrinsecamente ligadas, tornando o combate às mudanças climáticas uma questão de saúde pública. Mudanças Climáticas e Saúde


Atividade sobre o texto:

De acordo com o texto, qual é um dos impactos diretos do aumento das chuvas e enchentes relacionados às mudanças climáticas na saúde pública?

A.   Diminuição dos níveis de ozônio e outros poluentes do ar.


B.   Estabilização do fornecimento de água doce.


C.   Diminuição da variabilidade das chuvas.


D.   Aumento da incidência de leptospirose e cólera.


E.   Redução da disseminação de doenças transmitidas por vetores.

   

Segundo o texto, qual das seguintes afirmações sobre os impactos das mudanças climáticas na saúde é verdadeira?

A.   A pandemia da COVID-19 não revelou as ligações íntimas e delicadas entre humanos,     animais e nosso meio ambiente.

B.   Ações transformadoras em setores como energia, transporte, natureza, sistemas                alimentares e financiamento são desnecessárias para proteger a saúde das pessoas.

C.   As escolhas sustentáveis que estão matando nosso planeta estão matando pessoas.

D.  Entre 2030 e 2050, espera-se que a mudança climática cause um aumento de 250.000        mortes adicionais por ano devido a desnutrição, malária, diarreia e estresse por calor.

E.   A mudança climática não influencia os determinantes sociais e ambientais da saúde.


terça-feira, 25 de março de 2025

quarta-feira, 19 de março de 2025

Aula 7 - Mapa Mental: A Monocultura no Brasil

 


3ª Série A - Correção da Redação: 2º Bimestre

Em breve

Aula 7 - Resumo: A Monocultura no Brasil

 Aula 7 - 2ª Séries

Resumo sobre Monocultura

A monocultura é uma prática agrícola que consiste em cultivar uma única espécie de planta em uma determinada área. Essa técnica tem sido amplamente utilizada no Brasil, especialmente em grandes propriedades agrícolas, e apresenta tanto vantagens quanto desvantagens que afetam o clima, a população e a saúde.

Objetivos do Estudo

  • Reconhecer como as monoculturas podem afetar o clima e a população.
  • Compreender a importância de utilizar tecnologias para intensificar e diversificar a produção agrícola, para suprir a demanda por alimentos.

Produção Agrícola e Pecuária com Base na Monocultura no Brasil

No Brasil, a monocultura é frequentemente aplicada em culturas como soja, milho e cana-de-açúcar. Essa prática possibilita uma maior eficiência na produção a curto prazo, mas traz consequências negativas a longo prazo, como:

  • Redução da biodiversidade.
  • Exaustão do solo.
  • Necessidade de uso intensivo de pesticidas e fertilizantes.

Impactos Ambientais e na Saúde Humana

Os impactos das monoculturas são variados e podem incluir:

  • Degradação do solo, que resulta na diminuição da fertilidade.
  • Aumento da emissão de gases de efeito estufa devido à eliminação de vegetação nativa.
  • Contaminação da água e do solo pelos produtos químicos utilizados.
  • Possíveis riscos à saúde humana, como doenças respiratórias e intoxicações devido ao uso de agrotóxicos.

Problematização

A monocultura é sustentável a longo prazo?
A resposta a essa pergunta envolve uma análise crítica sobre a necessidade de diversificação das culturas e a adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis.

Questões Dissertativas

  1. Quais são os principais impactos ambientais da monocultura e como eles podem ser mitigados?

  1. Como a tecnologia pode auxiliar na diversificação da produção agrícola no Brasil?

Conclusão

A monocultura, embora apresente benefícios imediatos em termos de produtividade, traz uma série de desafios que precisam ser abordados. A diversificação da produção agrícola, impulsionada pela tecnologia, é essencial para garantir a sustentabilidade e a segurança alimentar no Brasil.

Aula 9 - Resumo: Impactos das Ações Antrópicas ao Ecossistema

 Aula 9 - 1ª Séries

Impactos das Ações Antrópicas aos Ecossistemas Brasileiros: Uma Visão Geral

Olá, queridos alunos! Sejam bem-vindos à nossa jornada de aprendizado sobre os impactos das ações humanas, ou ações antrópicas, nos nossos preciosos biomas brasileiros. Com meus mais de 30 anos de experiência, preparei um resumo completo para guiá-los nessa importante discussão.

O que são Ações Antrópicas?

As ações antrópicas são todas as atividades realizadas pelos seres humanos que afetam o meio ambiente. Elas podem ser positivas, visando a conservação, ou negativas, causando degradação. Infelizmente, o foco da nossa aula será nos impactos negativos, que têm causado grandes problemas aos nossos ecossistemas.

Impactos Negativos nos Biomas Brasileiros

O Brasil é um país de mega diversidade, abrigando biomas únicos como a Amazônia, o Cerrado, a Mata Atlântica, a Caatinga, o Pampa e o Pantanal. Cada um desses biomas possui características próprias e enfrenta desafios específicos devido às ações antrópicas. Alguns dos principais impactos negativos incluem:

  • Desmatamento: A remoção da cobertura vegetal para atividades como agricultura, pecuária e mineração leva à perda de biodiversidade, erosão do solo, assoreamento de rios e aumento do efeito estufa.
  • Queimadas: O uso do fogo para limpar áreas desmatadas ou para fins agrícolas causa a destruição de habitats, a emissão de gases poluentes e a perda de nutrientes do solo.
  • Poluição: O lançamento de esgoto não tratado, resíduos industriais e agrotóxicos nos rios e solos contamina a água, o ar e os alimentos, afetando a saúde humana e a vida selvagem.
  • Extração Ilegal de Recursos Naturais: A exploração ilegal de madeira, minérios e animais silvestres causa a degradação dos ecossistemas e a perda de espécies ameaçadas de extinção.
  • Expansão Urbana Desordenada: O crescimento descontrolado das cidades leva à impermeabilização do solo, à perda de áreas verdes e à geração de resíduos sólidos, que muitas vezes são descartados de forma inadequada.
  • Mudanças Climáticas: A emissão de gases de efeito estufa pelas atividades humanas está causando o aumento da temperatura global, o que leva a eventos climáticos extremos, como secas, inundações e tempestades, que afetam os biomas brasileiros.

Soluções Sustentáveis

A boa notícia é que existem soluções para minimizar os impactos negativos e promover a sustentabilidade. Algumas medidas importantes incluem:

  • Reflorestamento: Plantar árvores em áreas degradadas para recuperar a cobertura vegetal e a biodiversidade.
  • Práticas Agrícolas Sustentáveis: Utilizar técnicas de agricultura que reduzam o uso de agrotóxicos, conservem o solo e a água, e promovam a diversificação de culturas.
  • Gestão Adequada de Resíduos: Implementar sistemas de coleta seletiva, reciclagem e compostagem para reduzir a quantidade de lixo que vai para os aterros sanitários.
  • Uso de Energias Renováveis: Substituir fontes de energia poluentes, como o carvão e o petróleo, por fontes limpas e renováveis, como a energia solar, eólica e hidrelétrica.
  • Criação e Fortalecimento de Unidades de Conservação: Proteger áreas de grande importância ecológica para garantir a preservação da biodiversidade e dos recursos naturais.
  • Educação Ambiental: Conscientizar a população sobre a importância da conservação ambiental e incentivar a adoção de práticas sustentáveis no dia a dia.

Questões Dissertativas

  1. Questão: Explique como o desmatamento na Amazônia contribui para o aumento do efeito estufa e cite duas medidas que podem ser tomadas para combater esse problema.


  1. Questão: Quais são os principais impactos da poluição da água nos rios brasileiros e como a implementação de sistemas de tratamento de esgoto pode ajudar a mitigar esses impactos?


3ª Série B - Correção da Redação: 2º Bimestre

 Em breve